Eu vagueava, incessantemente. Inspirei o ar doce que me rodeava.
Os risos, os sons desproporcionados, os movimentos inquietos (…)
Era tudo parte de um atolamento exterior ao meu vazio.
Os meus assombramentos memoráveis e pesadelos obscuros desterravam do mais fundo das raízes que eram minhas.
O fantasmagórico passado já lá ia, perdido de tudo o que me pertencia.
Criei uma revolta idealista contra a criadora de mim mesma.
O perfeccionismo arrancou-me a alma, assim também o brilho espelhado no olhar da minha sombra.
Os lugares antes habitados, agora assombrados pelo meu espírito.
Gritante, atormentado.
Num desespero que suga a vontade, numa guerra interminável.
Não peço mais que os meus pertences, num reviver ansioso e saudoso.
E deito o meu corpo dorido de morte, inanimado de desejo do passado.
Suspiro por fim. Acabou.